Como apoiar o professor no uso de tecnologias educacionais?

Cases
uso de tecnologias educacionais

ESPECIAL PROFESSORES MULTIPLICADORES

Nos primeiros artigos do Especial Professores Multiplicadores, conhecemos a experiência de Maja Callegari, do Colégio Koelle, de Rafael Ribeiro, do Colégio Mater Dei, e de Adislan Fernandes, do Objetivo Porto Velho.
Relembre a agenda de artigos do Especial:

  1. Maja Callegari: “O que, de fato, significa ser uma professora multiplicadora?”
  2. Rafael Ribeiro: “A importância do professor multiplicador na organização escolar”
  3. Adislan Fernandes: “Quais foram os resultados de ser “Professor Multiplicador Geekie” para a minha vida profissional? #sóvai
  4. Bruno Abdon: O engajamento dos professores no novo fazer pedagógico
  5. Mario Sant’Anna: Mais uma história de amor…

Neste quarto e penúltimo artigo, vamos entender como foi participar do projeto “Professor Multiplicador Geekie” para Bruno Abdon, vice diretor pedagógico do Colégio Perfil.

O engajamento dos professores no novo fazer pedagógico

Por Bruno Abdon
No final de 2017, fui convidado a fazer parte do grupo de consultores da Geekie, com o objetivo de treinar a coordenação, professores e alunos na plataforma Geekie One. Nesse mesmo ano, tive a oportunidade de passar uma semana de imersão na empresa para conhecer a cultura da Geekie, e isso foi de vital importância para que eu entendesse toda sua filosofia e seus processos.
Logo em seguida, realizei treinamentos sobre o uso do Geekie One com a coordenação e os professores do Colégio Perfil, a fim de que todos já estivessem aptos a usar de maneira eficiente a plataforma. Assim, começamos o ano de 2018 já fazendo um ajuste geral dos alunos, professores e coordenação para nos adaptarmos a essa nova era tecnológica.

Colégio Perfil
Fonte: Arquivo pessoal de Bruno Abdon

Logo no início de 2018, fui convidado a participar do projeto “Professores Multiplicadores Geekie”, onde minha responsabilidade não era ser somente a pessoa que cuidava da implantação do Geekie One na escola, como também o profissional responsável por fazer a ponte entre o “antigo” e o “novo”. Comecei, então, a atuar como um multiplicador no Colégio Perfil, fazendo parte de uma rede de outros 4 professores de outras escolas. O intuito desse projeto era trocar experiências e promover o conhecimento mútuo.
Essa foi uma experiência muito proveitosa para mim. Foi muito bom ter essa liberdade de compartilhar na rede alguns desafios vivenciados nas escolas, e entender também os aprendizados de outros colégios. Tem bastante a ver com um valor da Geekie chamado “Foco no Problema e no Aprendizado”! E também foi bem interessante o compartilhamento de boas práticas entre os multiplicadores, possibilitando uma troca intensa de ideias e informações.
Em maio, foi realizado um encontro entre todos os multiplicadores na própria Geekie. Lá, cada um dos integrantes da rede criou um projeto baseado em alguma dificuldade específica de sua escola.
Assim, meu projeto teve como intuito trazer a valorização da tecnologia na vida pessoal dos professores, a fim de trazer uma maior aproximação entre educadores e tecnologia, sendo o Geekie One uma delas. Esse é um grande desafio para o Colégio Perfil pois, apesar do colégio estar inserido nesse contexto há quase 3 anos, ainda existem alguns professores resistentes ao uso de tecnologias educacionais. Por isso, foquei meu projeto no acolhimento de uma professora, chamada aqui ficcionalmente de Mariana, que não enxergava valor nas ferramentas tecnológicas. Meu foco foi tentar entender o contexto dela e apoiá-la rumo à uma mudança de percepção.
Dessa forma, meu objetivo foi fazer com que os professores em geral, mais especificamente a Mariana, percebessem ainda mais o valor do uso de tecnologias educacionais. Queria que as ferramentas que o Colégio Perfil possui hoje fossem utilizadas de forma mais consciente e com ainda mais intencionalidade pedagógica.

Passo 1: contextualizar a tecnologia na vida da professora

A primeira etapa do meu projeto aconteceu logo após o encontro de multiplicadores aí em São Paulo: conversei com a professora Mariana para apresentar essas mudanças do colégio e como a tecnologia poderia melhorar a vida pessoal dela. Para isso, eu fiz um acordo para que ela utilizasse a tecnologia em sua vida pessoal por um mês para perceber o ganho que teria na organização de suas tarefas diárias. Uma das primeiras ações foi colocar todas as suas atividades na agenda Google.  

Passo 2: pequenos passos no uso de tecnologia em sala de aula

A próxima etapa para estimular ainda mais o uso de tecnologias de forma intencional foi demonstrar o que seus colegas estavam fazendo em sala de aula. Também evidenciei como isso aumentava o engajamento dos alunos e de aprendizagem. Para isso, eu mostrei a ela os planejamentos de aula junto com fotos que os próprios professores estavam tirando, utilizando metodologias ativas e o Geekie One. Quando eu compartilhei com ela o que seus colegas do Colégio Perfil estavam fazendo, ela se animou e até elaborou uma aula utilizando o Kahoot.

Passo 3: contextualizar a realidade da escola

Seguindo o planejamento montado no encontro com os Professores Multiplicadores Geekie, se essa segunda etapa não tivesse alcançado o objetivo esperado, o próximo passo seria mostrar que as escolas que usam tecnologia estão mudando sua forma de se posicionar, e é preciso trazer esse olhar para o corpo docente também.

Passo 4: criar espaços de compartilhamento do corpo docente

Após essa conversa, a professora Mariana modificou sua prática de sala de aula, me apresentando uma aula diferente ao menos uma vez por mês. Mesmo assim, ela ainda está em um processo de entender que o uso de tecnologias educacionais em sala de aula pode ser benéfico, se utilizado da maneira correta. Mensalmente, converso com ela e pergunto como os alunos se comportam nessas aulas um pouco diferentes. Ao longo do tempo, espero que ela perceba os benefícios dessas atividades e como essas aulas geram uma maior participação e empenho dos alunos.
Tirando a professora Mariana, alguns outros educadores do Colégio Perfil que apresentavam um pouco de dificuldade ou resistência de usar o Geekie One de maneira diferentes já estão se abrindo mais, principalmente quando estruturamos um momento no conselho de classe para compartilhamento  de práticas diferentes que deram certo em sala de aula.
A Mariana é um exemplo mais focado da necessidade de acompanhamento de professores no uso de tecnologias educacionais na escola. O corpo docente inteiro do Colégio Perfil está se desafiando a fazer um bom uso do Geekie One. A minha experiência com o uso de tecnologias educacionais foi sistematizada nesses 4 passos. Espero que possa ajudar você a multiplicar na sua escola também!
No próximo (e último) artigo dessa série, vamos conhecer a vivência de mais um professor multiplicador da rede. Continue nos acompanhando!
Relembre a agenda de artigos do Especial:

  1. Maja Callegari: “O que, de fato, significa ser uma professora multiplicadora?”
  2. Rafael Ribeiro: “A importância do professor multiplicador na organização escolar”
  3. Adislan Fernandes: “Quais foram os resultados de ser “Professor Multiplicador Geekie” para a minha vida profissional? #sóvai

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