Apenas acesso à tecnologia não diminui desigualdade na Educação

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Desigualdade na educação

Desigualdade na Educação: Uso de tecnologia pode aumentar gap entre alunos mais ricos e mais pobres. Como a tecnologia vai democratizar ensino de qualidade?

Apenas ter acesso à tecnologia não diminui a desigualdade na Educação – inclusive, pode até aumentar o gap entre os estudantes mais ricos e os mais pobres. A pesquisa foi publicada no portal Stanford Edu (clique aqui para ler o artigo original, em inglês) e explica como as abordagens utilizando ferramentas digitais variam entre escolas de melhor e pior nível econômico; interferindo, consequentemente, na aprendizagem dos alunos.

Segundo o estudo, desenvolvido nos Estados Unidos, alunos negros, hispânicos e de baixa renda costumam utilizar tecnologia educacional como reforço escolar: desde o princípio, eles já têm dificuldades e desafios maiores no processo de aprendizagem; então, as ferramentas digitais surgem como uma tentativa de preencher essas lacunas. Por outro lado, alunos brancos e de alta renda aproveitam os recursos para criar produtos, realizar simulações, interagir e realmente colocar a mão na massa.

Isso sem mencionar as disparidades no acesso, afinal, jovens de baixa renda estão menos propensos a ter computadores, tablets, smartphones e uma boa conexão à internet em comparação a seus colegas. Assim, a distância entre as duas realidades só tende a aumentar, ou seja, a desigualdade na Educação – e, futuramente, no mercado de trabalho e na sociedade – também cresce.

Como a tecnologia pode – sim! – diminuir a desigualdade na Educação?

Isso não significa que a tecnologia não tenha o poder de transformar a realidade de alunos de escolas públicas e baixa renda, apenas que a intencionalidade do seu uso precisa ser repensada. O primeiro passo é parar de pensar nas ferramentas digitais apenas como uma maneira de remediar males já existentes. Isso seria, por exemplo, mandar uma enorme lista de exercícios online para alunos que ficaram em recuperação – dessa forma, entende-se que a tecnologia não está nem ampliando seus horizontes, nem desenvolvendo habilidades, nem permitindo a interação. Isso significa que, basicamente, uma aula tradicional está sendo passada do papel para a tela, sem alterações.

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Pelo contrário, para diminuir a desigualdade na Educação, a tecnologia deve permitir que alunos interajam, personalizem seu aprendizado traçando rotas de acordo com seus interesses e necessidades, criem conteúdo original e conheçam pessoas, ferramentas e locais aos quais, sem tecnologia, não teriam acesso. Fazer isso também implica em deixar que o aluno conquiste mais autonomia, mais poder na construção de seu aprendizado.

Por fim, a pesquisa aposta na parceria entre educadores e tecnologia; portanto, investir na formação dos professores é fundamental.

A tecnologia a favor da personalização

A desigualdade na Educação é uma realidade no Brasil. Hoje, dentre as mil escolas com melhores resultados no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), menos de 10% são da rede pública. As que entram no ranking são escolas públicas federais, mantidas por universidades federais, colégios militares e institutos técnicos; entretanto, 90% dos estudantes do país frequentam escolas públicas não-federais. Outro dado alarmante é que 1 a cada 2 alunos matriculados no Ensino Médio no país não chegam a se formar; enquanto um número considerável ainda larga os estudos para entrar no mercado de trabalho, a maioria alega não se interessar pelos conteúdos trazidos pela escola.

A proposta da Geekie, desde seu nascimento em 2011, é diminuir essa desigualdade na Educação, democratizando o ensino de qualidade para estudantes de todo o Brasil. Para tal, buscamos oferecer tecnologia educacional de alta qualidade pelo menor preço possível, tornando-a acessível para mais escolas e jovens. Assim, foram desenvolvidas duas soluções de aprendizagem personalizada: o Geekie Gamesplataforma de preparação para o ENEM que guia o aluno de forma personalizada até a universidade, apontando o caminho mais eficiente de acordo com suas necessidades de tempo e conteúdo; e o Geekie Lab, que apoia professor e aluno no processo de aprendizagem, otimizando o tempo do educador e provendo dados sobre a performance individual e de turma para que ele oriente sua prática pedagógica.

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Muito dessa missão também foi conquistado através de parcerias que nos permitiram chegar à rede pública e a estudantes de baixa renda – dentre elas, destaca-se o programa Hora do Enem, lançado este ano pelo Ministério da Educação (MEC), e cujos exercícios, videoaulas e simulados foram oferecidos pela Geekie. Por meio dessa iniciativa, a plataforma Geekie Games foi oferecida gratuitamente para os 2,2 milhões de alunos que cursam o 3º ano do Ensino Médio do país.

Ao longo da nossa jornada, foram mais de 5 milhões de alunos e mais de 5 mil escolas impactadas. Jovens que estudam com a Geekie apresentam, em média, um aumento de 30% em seu desempenho escolar após 3 meses de uso! E muitos, ainda, tornam-se os primeiros da família a ingressar no Ensino Superior, rompendo um ciclo e conquistando novas oportunidades que vão influenciar as próximas gerações!

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