5 ingredientes da (possível) sala de aula do futuro

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Futurologia é uma pseudociência que ganhou espaço nos anos 70 e descrédito nas décadas seguintes. Um dos seus pecados era o fato de que seus adeptos acreditavam no futuro como um processo linear, uma consequência inevitável de tendências do presente, e a partir daí decretavam o que iria acontecer em 5, 10, 50 ou 100 anos.

O futuro se revelou um terreno muito mais acidentado do que previam futurólogos. Hoje prevalece a visão de que o progresso é errático, acontece aos solavancos. Isso ocorre especialmente em fases de transição, na quais inovações disruptivas, como a revolução digital, exigem que repensemos tudo o que julgávamos saber.
Para não incorrer nos erros dos futurólogos decidimos abordar a questão do futuro das salas de aula sob um outro prisma, com um pé muito mais fincado no presente. Você vai notar que muitas das inovações relacionadas neste post já foram colocadas em prática aqui e ali. A questão é que acreditamos que elas deixarão de ser coadjuvantes para virar atores principais.
Mais importante do que isso é ter consciência de que tudo pode mudar já na próxima semana. Então diremos que hoje o futuro da sala de aula reúne alguns ou todos esses elementos abaixo:
Clusters ou módulos (ou ilhas)? Esta parece ser a única dúvida, se chamaremos pelo nome em inglês ou criaremos um equivalente em português para a nova disposição dos alunos na sala de aula. O que parece certo é que a estrutura tradicional, de carteiras enfileiradas, está com os dias contados. Como estimular o trabalho colaborativo e o papel do professor como mentor se você deixa os alunos engessados, virados para um único rosto o dia inteiro? Os arranjos maleáveis dos clusters (ou módulos, ou ilhas) de carteiras permitem alternar discussões em grupo com os sempre necessários momentos em que a atenção deve se concentrar na exposição do professor.
Bye, papel Como as Varas de Justiça, as escolas de antigamente eram depósitos de papel. Provas, relatórios pedagógicos, portarias, contratos eram arquivados anos após ano, turma após turma. Mesmo que não estivesse no radar de ninguém consultá-los depois. Já andamos parte do caminho na tentativa de eliminar essas pilhas de papel, mas o potencial para avançar é evidente. Faz sentido um aluno passar boa parte do precioso tempo de aula copiando o que o professor fala ou anota na lousa? Vamos liberar os dois desse trabalho braçal. Compartilhar textos-base das aulas, indicações de links ou material multimídia desenvolvido pela escola em um aplicativo como o Google Drive economiza papel e, principalmente, tempo – deixa os neurônios disponíveis para as sinapses necessárias ao aprendizado. Sem falar nos tablets e laptops, que já batem os cadernos em número em muitas classes do ensino superior.
Conexões diretas Uma boa notícia para os alunos: o boletim já pode dar entrada na aposentadoria no INSS. Má notícia para (alguns) alunos: com um clique, seu pai você poder ver não só suas provas, mas tudo que você produziu (ou deixou de produzir) na sala de aula. Vários dos novos aplicativos da educação buscam conectar todos os atores da comunidade escolar, professores, pais, alunos e gestores. É nesses ambientes virtuais, por exemplo, que o professor vai avisar o aluno da mudança da data de prova, mas também engajar os pais em algum projeto da escola, como criar uma narrativa sobre a história familiar (o que exigirá que os filhos os entrevistem). Alunos querem abolir o uniforme escolar? Que tal ouvir todo mundo em uma votação online? As possibilidades de interação entre esses atores só dependem de vontade e criatividade.
Escola em domicílio Hoje o aluno toma contato com os conteúdos na sala de aula e estuda em casa. Em tese, pelo menos. A questão é que agora será possível comprovar na prática se ele está de fato estudando ou não. Plataformas online como o Geekie Lab derrubam a porta do quarto e permitem a pais e professores acompanhar passo a passo os progressos dos alunos. Não vai dar nem para recorrer ao famoso jeitinho ou colar nas provas. Essas plataformas levam a escola para a casa do aluno, substituindo professores particulares com a indicação de planos de estudo personalizados – no Geekie Lab esses planos orientam a navegação do aluno por um acervo de mais de 600 aulas. A cobrança dos pais não vai ser mais bimestral (“por que você tirou 5 em matemática?”), mas diária (“por que você não navegou na plataforma hoje?”).
Sai a massa, entra o indivíduo O maior benefício da tecnologia no ensino hoje não é o das engenhocas pirotecnias, mas a possibilidade de personalizar o ensino, adaptando-o ao estágio e ritmo de cada estudante (aprendizagem adaptativa). O Geekie Lab armazena dados a cada clique do estudante e mapeia seus pontos fortes e fracos. Nas disciplinas em que tem mais facilidade, o aluno pode trabalhar assuntos que estão à frente da média da classe; naquelas em que encontra dificuldades, pode rever conteúdos e se deter em conceitos que a maioria dos colegas já domina. Viva a diferença!




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